Resenha - A Travessia, William P. Young




A TravessiaUm derrame cerebral deixa Anthony Spencer, um multimilionário egocêntrico, em coma. Quando “acorda”, ele se vê em um mundo surreal habitado por um estranho, que descobre ser Jesus, e por uma idosa que é o Espírito Santo. À sua frente se descortina uma paisagem que lhe revela toda a mágoa e a tristeza de sua vida terrena. Jamais poderia ter imaginado tamanho horror. Debatendo-se contra um sofrimento emocional insuportável, ele implora por uma segunda chance.
Sua prece é ouvida e ele é enviado de volta à Terra, onde viverá uma experiência de profunda comunhão com uma série de pessoas e terá a oportunidade de reexaminar a própria vida. Nessa jornada, precisará “enxergar” através dos olhos dos outros e conhecer suas visões de mundo, suas esperanças, seus medos e seus desafios.
Na busca de redenção, Tony deverá usar um poder que lhe foi concedido: o de curar uma pessoa. Será que ele terá coragem de fazer a escolha certa?

Anthony Spencer é podre de rico, dono de inúmeros imóveis, é aquele típico homem que faz de tudo por um bom negócio. Foi casado duas vezes com a mesma mulher e teve dois filhos, porém a sua relação não é boa com nenhum deles. Um dia Tony sofre um derrame cerebral, e enquanto seu corpo se encontra preso à uma cama de hospital, seu espírito parte para uma viagem no mínimo surreal.

Tony "acorda" em um lugar completamente desconhecido, um lugar devastado e deserto, cercado por uma muralha de pedra, como um forte medieval. É lá que ele primeiro conhece Jack, alguém que ele não faz a mínima ideia de quem seja e depois conhece um homem que se diz Jesus e uma senhora muito simpática, o Espírito Santo. É a partir daí que Tony embarca numa jornada incrível, onde ele terá de conhecer pessoas especiais e aprender a ver o mundo como elas. Tony ganha um dom, o poder de curar uma pessoa, somente uma pessoa. Será que Tony poderá curar a si mesmo?

Então, quando o livro foi lançado muita gente começou a comparar A Travessia com A Cabana, não farei isso, até por que faz bastaaante tempo que li A Cabana e não me lembro de exatamente tudo para poder comparar.

Quando Tony 'entra' na mente das pessoas, primeiro ele vai parar na cabeça de Cabby um rapazinho com Síndrome de Down. Cabby é fascinante, a forma como ele vê o mundo, tão sincera e sem malícia é tocante. 

Maggie é a mulher com a qual a mãe de Cabby divide a casa, ela cuida de Cabby quando Molly, está trabalhando ou está no hospital com Lindsay a irmã de Cabby que está lutando contra um câncer.

Tony também entra na mente de Maggie,e essa foi uma das coisas que mais gostei no livro. A pitada de humor que o William colocou na história, principalmente na relação Tony/Maggie dá uma certa leveza em toda a história, digamos que ela equilibra um pouco as emoções.

Conforme Tony vai passando de mente em mente e a relação dele para com Maggie e Cabby vai se tornando mais forte, ele começa a mudar, começa a perceber todas as burradas que fez com a sua própria família, e começa a evoluir como ser humano.

Gostei do fato de que Tony começa a mudar através do contato com outras vidas e não somente por seus diálogos com Jesus ou o Espírito Santo.

Eu super recomendo o livro, claro que existem as questões religiosas que sim estão presentes o tempo todo no livro, e nesse livro William traz as questões do cristianismo como verdade absolutas, o que não me incomodou, mas que pode vir a incomodar alguém. 

Enfim, eu recomendo sim, principalmente para quem gosta desse tipo de leitura, e se você gostou de A Cabana, ta esperando o que para começar a ler esse?

"Se a liberdade é um processo gradativo, o mesmo vale para o mal. Com o tempo, pequenas deturpações da verdade e justificativas aparentemente sem importância erguem um edifício inesperado. Isso se aplica a um Hitler, a um Stalin ou a pessoas comuns. A casa da alma é magnífica, porém frágil. Qualquer traição ou mentira que se agarre a suas paredes ou seus alicerces pode fazê-la crescer em direções inimagináveis" Página 12

Título Original: Cross Roads
Autor: William P. Young
Editora: Arqueiro




1 comentários:

Anônimo disse...

Adorei a resenha. Quero muito ler esse livro!

 
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